Deixe o emprego dos seus sonhos encontrar você (online)!

Esse meu artigo também foi publicado no site Cidade Marketing. Leia AQUI.
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Não é de hoje que a internet se tornou um conglomerado de talentos, onde empresas procuram proativamente por profissionais especializados. Entretanto, ao mesmo tempo em que não é mais possível conseguir um trabalho como antigamente (offline), o site CareerBuilder afirma que 60% das pessoas não recebem nem sequer uma resposta pelo envio de seu currículo online.
Mesmo que o sonho de qualquer empresa ainda seja a boa e velha recomendação ou promoção interna, economizando tempo e dinheiro, os tempos são outros também para os empregadores.   60% das empresas já contratam e 80% pesquisam sobre candidatos através das redes sociais. Já se tornou rotina, Gerentes de RH e headhunters, buscarem o nome dos seus candidatos em motores de busca, redes sociais, blogs, sites que compartilham vídeos, etc.
Para lidar com essa nova realidade, Dan Schawbel, autor do livro Me 2.0, descreve alguns principais conselhos para que você tenha recrutadores solicitando seu currículo o tempo todo.
 
1. Seja um “bom produto” antes de promovê-lo.
Quando uma empresa tem um produto ruim, com muitas falhas, e está anunciando para o mundo, eventualmente, o produto vai sofrer publicidade negativa de seus clientes e tende a desaparecer do mercado. Quando se trata da sua carreira, torne-se um produto notável. Seu produto tem de ser solidificado antes de iniciar a promoção online e informando as pessoas sobre o tipo de trabalho que você está procurando.
Saiba o que são seus pontos fortes, que tipo de empresa que você gostaria de trabalhar, o tipo de posição que você gostaria, e só então crie uma história convincente que fará com que as empresas tenham certeza que você é o candidato certo.
2. Limpe e promova sua presença online.
Gerencie sua reputação online antes que alguém o faça. Isso significa que você precisa de controle total (ou quase), sobre o que as pessoas encontram quando procuram você online. Se você tiver um perfil no Facebook, certifique-se de ativar a configuração de privacidade que permite que outros marquem você em posts e fotos. Dessa forma, se você vai a uma festa na sexta-feira è noite, não acordará no dia seguinte com fotos nada positivas para um empregador.
Torne-se um produtor de conteúdo, e não apenas um consumidor. Manter um blog (atualizado e com assuntos relevantes) e compartilhar informações sobre temas que interessam a você cria um filtro que atrai oportunidades e repele seguidores e “amigos” indesejáveis. É a “seleção natural” das redes sociais.
Também não se esqueça de fazer um “link” em cada um dos seus sites, blogs e perfis de redes de modo que a busca pelo seu nome nos motores de busca seja fácil.
 
3. Deixe as pessoas saberem que você está procurando emprego.
Um dos maiores erros cometidos por algumas pessoas que ainda pensam somente “offline” é não avisar estão à procura de emprego ou que tipo de trabalho está procurando.
Como as pessoas podem ajudá-lo se sabem que você está procurando trabalho?
Estamos todos intimamente ligados uns aos outros. Mesmo que um amigo ou familiar não possa ajudar, sua rede de contatos talvez possa. Invista nisso e comunique-se!
4. Esteja por toda a rede. As pessoas estão procurando por você.
Cada vez que seu nome não aparece nos motores de busca quando procuram por você, você perde uma oportunidade.
Um recente artigo do Wall Street Journal afirmou que 85% dos recrutadores estão usando Linkedin para encontrar talentos. Crie perfis no LinkedIn, Twitter, Facebook, Google, e em outras redes sociais. Também não se esqueça de marcar seus perfis com palavras-chave que você imagina que as empresas utilizam para encontrar pessoas com os seus conhecimentos.
5. Anuncie você mesmo.
Você trocaria alguns Reais para começar o trabalho que você deseja amanhã?
Existem algumas maneiras que você pode anunciar-se aos empregadores.
• Anúncios do Facebook – você pode usar a sua imagem, um título, e um campo para serem lidos por empregadores específicos. Facebook permite ainda que você direcione sua propaganda por localização, idade, interesses, educação, e até mesmo páginas e grupos.

• Google AdWords – você compra palavras-chave para seu anúncio. Você pode vincular o seu anúncio a qualquer blog ou perfil no LinkedIn.
• Está claro que a nova regra desse novo ambiente de busca por recolocação é: “visibilidade cria oportunidades”.
• Quanto mais você se coloca online, mais pessoas serão capazes de encontrá-lo, encaminhá-lo e empregá-lo.
• Portanto, reforce diariamente as 4 etapas para construir uma poderosa marca pessoal: descobrir, criar, comunicar, manter.
• Não seja mais uma das milhares de pessoas cegas que continuam somente mandando emails com seu currículo para os recrutadores e rezando para que eles abrirem. Em vez disso, seja proativo e atraia os empregadores que querem saber mais sobre você, com base no que já viram online. Quanto mais criativo, mais diferencial você está criando na concorrência pela vaga dos seus sonhos.
• Para finalizar, não menospreze uma boa recomendação e invista em crescer dentro da sua atual empresa, mas também invista em sua visibilidade digital. Nunca se sabe de onde pode surgir uma boa oportunidade!
Mas antes de tudo, como em qualquer negócio, invista na qualidade de seu produto, VOCÊ!

 

O Poder do Conhecimento

Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Leia AQUI.
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Para que estudar, se a experiência é o que vale?!” Tenho certeza que você já ouviu essa frase (ou até falou) por aí. Em hotelaria então, isso é o dia-a-dia. Parece que só há espaço para crescimento de pessoas com larga experiência operacional.
Dias atrás, meus alunos do bacharelado de hotelaria comentaram que uma profissional bem sucedida do ramo disse em uma palestra que não há necessidade de estudo para crescer em hotelaria.
Caso você acompanhe meus artigos, já pode imaginar o tamanho da minha indignação com esse tipo de posicionamento, ainda agravada pelo fato de ter acontecido dentro de um ambiente acadêmico.
Bem, enquanto hoteleiros pensarem assim, realmente nada vai mudar. Continuaremos vendo:
– Evasão de bons profissionais da hotelaria para outras indústrias;
– Poucos profissionais com visão estratégica e com ampla visão do negócio;
– Escassos cursos de especialização, pós e MBAs para formar gestores hoteleiros;
– Estudantes com uma visão romântica da indústria. Para esses, indico um estágio urgente! Isso é a melhor ‘vacina’ para que as expectativas fantasiosas da hotelaria sejam vistas por uma perspectiva realista;
– Falta de pesquisa na área (tanto conceituais quanto de números do segmento).
Aliás, as poucas pesquisas que existem não vêm com nenhum tipo de análise. Esse item é um indício claro do quanto precisamos de mais cabeças pensantes no segmento.
Espero poder participar de eventos do trade no nosso país sem precisar ouvir palestrantes passando dados e tendências dos Estados Unidos ou Europa.
Realmente temos um problema conceitual aqui. No Brasil, quando falamos em educação, as pessoas logo associam a diploma. Ledo engano. Afinal, hoje em dia, um certificado tem prazo de validade cada vez mais curto.
Sabemos que, amanhã, tudo o que aprendemos hoje pode (e vai) mudar.
Portanto, é importante termos consciência de que informação é um bem dinâmico. Já conhecimento é saber o que fazer com a informação disponível. Estamos falando de aprendizado interativo, colaborativo e personalizado.
Eric Mazur, professor de Harvard, disse: “Educação é muito mais do que mera transferência de informação. A informação precisa ser assimilada. Os alunos têm de conectar a informação ao que já sabem, desenvolver modelos mentais, aprender a aplicar o novo conhecimento e adaptá-lo a situações novas e desconhecidas“.

(foto: blog.opovo.com.br)
Como disse Gil Giardelli, CEO da Gaia Creative, em um excelente artigo para a HSM Management semana passada: “Vivemos em uma era em que a simples troca de informações é o motor de grandes mudanças”. Imagina o valor agregado do profissional que sabe encontrar, analisar e tomar decisões assertivas com base em informações relevantes?
Portanto, vamos ampliar isso. Estamos falando aqui em aprender. E você pode (e deve) aprender todos os dias, pela vida toda. O problema é que as velhas desculpas sempre aparecem nesses momentos: “não tenho tempo”, “não tenho dinheiro”, “tenho outras prioridades no momento”. E outras mais sinceras: “não consigo me concentrar”, “tenho preguiça”, “não sei pesquisar”, “não sei o que quero…”
Não costumo aceitar muito os argumentos acima. Já ouvi até que alguns artigos são longos demais. Bem, para essas pessoas, nem perguntei qual o último livro que leram.
Em um mundo digital, onde absolutamente TUDO está disponível para todos na internet, sempre digo que, atualmente, a sala de aula serve para debate, networking e organização de informações e ideias. Hoje em dia, só não aprende quem não quer.
Esses dias fiz um teste. Meus alunos tinham 30 minutos para pesquisar sobre certo assunto na web. A maioria voltou sem nada nas mãos. Motivo: tirar informação da internet para eles se resume a foto abaixo:
           Tradução: “Tirar informação da internet é como tomar um drink em um hidrante!”
Portanto, pare de ser escravo da internet. Faça-a trabalhar para você. Com os sistemas de busca, redes sociais, RSS e assinatura de algumas newsletters, você clica somente nos links que de seu interesse que já chegaram no seu email.
Também procure estudar em instituições de renome. O quadro de professores importa sim.
Os benefícios do conhecimento são inúmeros:
– Maior autoconfiança (pessoal e profissional)
– O que todo mundo sabe: “Quem lê mais, escreve e fala melhor!
– Poder de análise. Exemplo: muito comum existirem pessoas que não sabem traduzir, analisar e explicar dados numéricos.
– Autonomia do pensar. Aceitar passivamente opiniões e/ou modelos prontos de pensamento nos fazem menos interessantes, tanto no ambiente de trabalho quanto pessoal. Acredite: senso crítico faz toda a diferença em um profissional.
Para comprovar isso, veja o que diz a pesquisa do Economist Intelligence Unit (EIU) de 2009, sobre as habilidades consideradas muito importantes e que faltam aos profissionais da América Latina:

  • Pensamento crítico – 78%
  • Capacidade para solucionar problemas – 73%
  • Aptidões pessoais, como negociação e networking – 72%
  • Liderança – 66%
  • Comunicação oral e escrita – 65%
  • Compreensão das implicações financeiras de decisões de negócios – 60%
  • Vários idiomas – 49%
  • Ciência, tecnologia, engenharia e matemática – 43%
  • Proficiência tecnológica – 40%
  • Análise estatística – 23%
 
Se nada disso ainda o convenceu, lembre-se que o conhecimento tem um caráter libertador, transformador. Isso explica por que as ditaduras limitam o direito a ele, à cultura e à informação. Junto com o aspecto monetário e moral, o conhecimento é um dos três itens que compõem a liberdade do ser humano.
E, por favor, vamos parar com essa história de escravos da hotelaria. Se você se sente um escravo (de qualquer coisa), é porque onde está não sente prazer nem reconhecimento pelo que faz. Mas a questão aqui é simples: partindo do pressuposto que você é o dono da sua vida (e não a empresa), o que você está fazendo para sair dessa situação? Pare de colocar a culpa em algo (ou alguém) e assuma o controle da sua vida profissional.
Pelo lado corporativo, de acordo com especialistas, a melhor maneira de uma empresa transferir o conhecimento é contratar pessoas perspicazes e deixar que elas conversem entre si.
Entretanto, na prática, o que vemos dentro de hotéis são pessoas brilhantes sobrecarregadas de tarefas que lhes deixam com pouco tempo para pensar, e nenhum para conversar.
Portanto, seja aquele profissional que “quer algo mais”. Não se acomode, não se contente com um dia a dia sem desafios, inovação e novas ideias. Aliás, se você está lendo esse texto até aqui já é um bom sinal!
 
E se você é um gestor ou dono do seu próprio negócio, permita (até incentive) uma boa conversa entre seus colaboradores.
Independente da área, a atualização de um profissional deve ser permanente. Escolha um assunto de seu interesse e de aplicação prática na vida profissional e faça cursos, especializações, assista palestras, participe de associações do setor, invista em um bom networking, seja criativo, comunicativo e converse sempre.
Termino com uma frase do artigo A libertação no mundo por meio da banda larga: Não use velhos mapas para descobrir novas terras!
Se você realmente quer se destacar no mercado de trabalho, invista no seu diferencial! E, junto com sua reputação, o conhecimento é tudo o que realmente você levará para sempre na sua jornada profissional. Portanto, cuide da sua imagem, garanta seu futuro e aprenda…sempre!

Os principais erros dos vendedores

sse meu artigo foi publicado no site Cidade Marketing. Leia AQUI.

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 Kelly Robertson, autor do livro “The Secrets of Power Selling” ajuda profissionais a fecharem mais negócios com maiores margens de lucro e menor esforço.

Para sobreviver a consumidores super informados e negociadores sofisticados de hoje em dia, vendedores estão adotando posturas cada vez mais agressivas nas negociações.

Aqui estão algumas atitudes de vendedores que não terão mais espaço no complexo mundo da negociação do futuro (que já chegou):

 

1. Acreditar que o preço é a principal razão pela qual as pessoas tomam uma decisão de compra. Embora o preço seja um item importante no composto de percepção de valor do produto, raramente é o fator de motivação por trás da decisão final de uma pessoa. Sair dando desconto para fechar a venda simplesmente desvaloriza seu produto e não garante recompra nem lucro a médio e longo prazo.

2. Não conseguir as informações corretas. Embora seja essencial fazer perguntas, é igualmente importante fazer as perguntas certas para que seja possível negociar de forma mais eficaz.

3. Ficar preso ao mito de que todos os seus concorrentes são sempre mais baratos. Alguém, em algum lugar, sempre será capaz de vender um produto similar por menos. No entanto, lembre-se que nem todos os concorrentes serão mais baratos. Se ainda tiver dúvidas sobre esse assunto, volte e releia o item 1.

4. Não estabelecer o valor do seu produto, serviço ou solução. O valor está nos olhos de quem vê, assim, determinar o que é importante para cada comprador ou cliente e posicionar seu produto ou serviço em conformidade é vital para a sustentabilidade do seu negócio.

5. Permitir que seu ego atrapalhe. A negociação é parte do negócio, mas existem pessoas que perdem bons negócios porque seus egos ficaram no caminho, nublando o julgamento delas.

6. Não conseguir manter a objetividade durante o processo de vendas e negociação.

7. Aceitar uma oferta apenas para descobrir mais tarde que o negócio realmente lhe custou dinheiro. Se a venda não faz sentido e não há ganho para ambas as partes, é importante saber a hora de parar, independente do tempo que tenha investido na negociação.

8. Tomar decisões no “calor” do momento. Ao pensar sobre todas as possíveis implicações do negócio, você pode economizar dinheiro e adicionar margens de lucro que farão diferença no final da negociação.

9. Negociar com a pessoa errada. Não perca tempo falando com quem não possa tomar uma
decisão final de compra.

10. Falar demais. Os melhores negociadores ouvem mais do que falam. Parece simples, mas é preciso esforço, energia e paciência para saber ouvir.

11. Ser persistente, mas “na medida”. As pessoas que acreditam na qualidade do seu produto/serviço apreciam o que vendem. Se você desistir cedo demais, as pessoas vão pensar que algo está errado com o produto. Se persistir demais, você passará a impressão de estar desesperado para a venda. Ache um equilíbrio!
12. Pensar a curto prazo. Trabalhar com volume nem sempre é o melhor caminho. Volume ajuda a absorver os custos fixos, mas seus custos variáveis vão subir. Um vendedor precisa parar de olhar somente para seu portfólio de clientes e ter uma visão mais holística sobre a empresa. Com essa postura, com certeza existe espaço para você se destacar dentro da equipe comercial.

As decisões e ações têm conseqüências inevitáveis. Então, pense duas vezes na próxima vez que a tentação de trabalhar com alto volume surgir como válvula de escape para alcançar os resultados de curto prazo.
13. Não conhecer suficientemente a concorrência pode ser um “tiro no pé” para um vendedor. Surpresas podem acontecer, mas não devem ser surpresas inimagináveis. Nesse caso, o erro é seu. Se você vive das glórias do passado, lembre-se que o hoje é totalmente diferente de ontem e o amanhã trará realidades surpreendentes. A dica aqui é conhecer profundamente o concorrente a ponto de minimizar o impacto de futuras inovações relevantes que o mesmo possa oferecer ao “seu” cliente no futuro.

Trabalhe com foco no que você tem maior expertise. Pode ser um nicho de mercado, tipo de produto ou serviço.

Vigilância e imaginação são fundamentais para o sucesso nos dias atuais. Não se deixe surpreender pela concorrência. Antecipe suas reações e esteja confiante da sua vantagem competitiva.
14. Viver isolado. Elimine o conceito de “ilha” e invista na visão de “continente”.

Uma das características fundamentais de empresas de sucesso hoje em dia (e alicerce fundamental para a carreira de vendas) é a predisposição para iniciar e participar de conversas e interações com clientes. Em um mundo “24 por 7”, onde todos estão conectados (inclusive em tempo real), não há mais alternativa. Acredite, sua disponibilidade pode fazer a diferença em uma negociação.

Esteja muito bem preparado para sua próxima reunião e bons negócios!

 

Suítes de Telepresença

Conheça uma nova espécie de quarto de hotel pago por hora. Não estamos falando de motéis, mas de “Suítes de Telepresença”.
Recém-instaladas no W Hotel de Chicago e no Sheraton de Sydney, essas salas de reuniões virtuais que conectam os viajantes de negócios espalhados pelo mundo como se fossem fazer o negócio pessoalmente, são um sucesso. 

Desenvolvido pela Cisco Systems, as salas de Telepresença usam a tecnologia de videoconferência misturada com instalações empresariais que permitem aos usuários reunirem-se (como se estivessem na mesma sala) sem que precisem passar horas em um avião.  
Se repararem bem, até a decoração da sala pode ser adequada para dar a impressão que todos estão reunidos no mesmo lugar. As vários câmeras também ajudam na veracidade da presença.
A única desvantagem é que todos na reunião devem ter todo o equipamento de Telepresença também. 
A Rede Marriott também já trabalha com as salas de Telepresença desde o começode 2010 hotéis como Renaissance Washington DC, Marriott Dallas Fort Worth e JW San Francisco Union Square, já oferecem esse serviço aos seus clientes.
O preço? Achei bem razoável: US$ 500 por hora.
Esses dias fiz uma reunião pelo Skype. Adoro a parte em que você não precisa pagar nada pela tecnologia, mas no momento que compartilha sua tela (de apresentação) com a outra equipe, já não dá mais para ver todos os presentes. Tomara que não demore para chegar por aqui…

O incrível Parque Temático da Ferrari

A Ferrari surpreende mais um vez. O Ferrari World Theme Park deve abrir dia 28 de Outubro de 2010 em Abu Dhabi (Emirados Árabes) e promete surpreender até os mais exigentes. Como novembro é a última corrida da Fórmula 1 do ano, o evento promete…
A montanha russa, chamada de Formula Rossa, será um destaque especial. Os carrinhos serão em formato da Ferrari Spider F430 e poderão chegar à 240 KMs/H.

 

Mas o dia estará só começando, pois os loucos por adrenalina poderão experimentar a Força G, uma viagem pelo interior de um motor Ferrari 599, escola de direção para os jovens e até um sobrevôo pela Itália seguindo uma Ferrari. Sim, te levarão para a Itália…
Quer ter uma idéia melhor desse inacreditável empreendimento? Dê uma olhada no vídeo promocional  AQUI e surpreenda-se!

Qual a reputação e o significado do seu Hotel na web?

Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Clique aqui.
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“Como cuidar da imagem da empresa foi uma das primeiras coisas que aprendi em Relações Públicas e não me surpreende ver o conceito novamente tão comentado”. Essa frase foi dita por Antony Mayfield, Sênior Vice President daiCrossing´s, empresa líder de serviços em mídias sociais dos Estados Unidos.
Identifico-me muito com essa frase dada a minha formação de Relações Públicas. Além disso, há algum tempo venho me impressionando com a força dessa questão no mundo “online”.
Com tanta exposição de empresas e marcas, todo cuidado é pouco. Afinal, reputação nunca poderá ser concebida ou decidida pelo seu titular. A reputação é conquistada por mérito.
Com base nisso, antes de milhões de ações promocionais e o comum “desespero” dos iniciantes nas mídias sociais, nada melhor do que garantir a “entrega” de um excelente produto e serviço. Cumprir a “promessa” dos seus anúncios e da sua equipe de vendas é a base da sua reputação, tanto online quanto offline.
E, se falamos de reputação online, estamos falando de redes sociais (Web 2.0). E aí voltamos a nossa realidade nua e crua: alguns tentando ainda entender do que se trata, outros se arriscando em investidas sem planejamento e, alguns poucos, trabalhando de maneira consciente e certos de que a forma como nos comunicamos nunca mais será a mesma.
À medida que a web 2.0 tem distribuído o poder e a influência anteriormente detidas pela mídia tradicional, criou-se a necessidade de atenção redobrada à reputação pessoal e corporativa.
Entretanto, o que mais existe são pessoas tentando promover seus hotéis nas redes sociais porque “é de graça”, “está na moda” e outras bobagens. A notícia ruim é que (só) isso não trará resultados rápidos a custo quase zero e nem garante só elogios. Lembre-se, reputação e confiança devem ser conquistadas.
Além disso, se a cultura do hotel ainda é “offline”, não adianta ficar se gabando da sua presença online. Li esta semana, em um artigo do site Webinsider, que muitos Twitters parecem “repositórios de releases, onde não existe diálogo.” Concordo totalmente.
Sabemos que o nível de confiança na internet já atingiu o patamar de 80%, enquanto a mídia feita diretamente pelas empresas/marcas caiu para 14%. E isso só tende a crescer.
Enquanto somente 46% dos usuários da internet utilizam redes sociais no mundo, a PhoCusWright mostra que o número aumenta para 60% quando falamos de pessoas que estão falando e comprando viagens. O estudo aponta a América Latina como um mercado ainda imaturo em tecnologia de viagens. Somos os “emergentes”, junto com o Oriente Médio. A Ásia está em um crescimento mais rápido e a África se mantém desconectada. Entretanto, nosso potencial é enorme e precisamos estar preparados.
Prova disso é que 48% de todos os usuários da internet no mundo estão em 5 países (Brasil, Rússia, Índia, China – o famoso BRIC – e os EUA), conforme última pesquisa da Morgan Stanley.
A comodidade de receber, com confidencialidade, uma crítica através daqueles formulários de papel entregues pelo hóspede no check out já faz parte do passado. Se o seu hotel ainda trabalha assim, repense urgentemente sua contemporaneidade e conecte-se com a revolução tecnológica que está acontecendo ao seu redor.
Hoje, os comentários mais importantes dos seus hóspedes estão online, disponíveis para todos verem, ranqueados e comparados com sua concorrência.
Se você não está nas redes sociais, está perdendo boa parte do que está sendo falado sobre o seu hotel por aí.
Mas esse tipo de ação amedronta ainda muitos hoteleiros, principalmente os pequenos. Não porque eles não acreditam nos comentários, mas porque não sabem gerenciar sua reputação online.
O importante é aceitar o fato de que, a partir do momento em que seu hotel tem um site, um blog, perfil em redes sociais ou citação de qualquer natureza na web, você terá que lidar com duas questões.
1) Quem terá acesso ao que foi criado?
2) De que forma isso terá impacto no negócio?
O maior perigo está na falta de coerência entre o site ou perfil online, e o que o hotel realmente oferece no seu dia a dia. Além disso, sabendo que tudo se descobre na web, é mais seguro assumir um erro do que tentar escondê-lo. É preciso saber aceitar que existem opiniões contrárias e estimular o diálogo sempre.
Então, como começar?
1º) MAPEAMENTO – Identifique o que está sendo dito do seu hotel nos sites de comentários. Como é impossível mapear toda a internet, foque nos maiores: TripAdvisor, Twitter, YouTube e Google. Os alertas do Google são ótimos. Colocar o nome do seu hotel no “search” do Twitter também pode trazer surpresas interessantes.
Mas não fique neurótico tentando achar tudo sobre seu hotel. Mapear 100% a internet é utopia. Mantenha o foco no que interessa!
2º) INTERAÇÃO – Todas as ferramentas proporcionam ao hoteleiro o direito de resposta. Não há necessidade de responder tudo. Foque nos negativos. Se não fizer isso, o que foi dito ali se torna “verdade”.
Seja MUITO educado (lembre-se: todos estão lendo), rápido, cumpra prazos e promessas e, se a reclamação avançar, convide seu cliente a conversar em particular por telefone ou email.
3º) PRÓ ATIVIDADE – Incentive seus hóspedes a escrever suas opiniões sobre seu hotel online. Quando você receber um feedback positivo nas suas pesquisas internas, responda ao cliente já com um link para algum site de networking de viagens. Alguns hotéis já tem isso como padrão no discurso do recepcionista no check out e outros estão já colocando esses links em seus sites ou assinaturas de emails.
Mas seja qual for a ação, alguns princípios não podem ser esquecidos durante o gerenciamento do seu perfil online:
• As conversas sobre seu hotel acontecerão com ou sem você. Portanto certifique-se que você faz parte das conversas e, até mesmo, guiando-as.
• Apresente seus perfis na mídia social como uma forma das pessoas se conectarem umas com as outras para que falem sobre o seu hotel e não apenas para receber mensagens promocionais. Encoraje seus hóspedes a “contar a história” e valorize-os por isso.
• Tenha funcionários treinados ou uma empresa especializada envolvidos no seu blog/site/perfil, para postar e interagir com os clientes.
Demonstrando comprometimento com a satisfação dos seus já clientes e dos hóspedes potenciais, seu hotel está assegurando futuras reservas e minimizando um possível dano na sua reputação online.
Mas esteja preparado, pois o jogo está virando de tal maneira e tão rápido, que alguns hóspedes já estão pedindo desconto e condições especiais dos hotéis pelo fato de terem postado algum elogio sobre eles nas mídias sociais.
Sites que disponibilizam networking de viagens não faltam. Os mais famosos hoje são: WikiTravel, VirtualTourist, Yelp,Boots-n-All, World66, Lonely Planet Thorn Tree, TravBuddy e TravelersPoint.
Mas não dá para falar em comentários de viajantes online sem mencionar o mais confiável e conhecido site de networking de viagens do mundo, o TripAdvisor. Fundado em 2000 e parte do grupo Expedia, Inc, o site mantém hoje 32 milhões de visitantes, 15 milhões de membros e mais de 30 milhões de “reviews” (comentários/opiniões) sobre mais de 1 milhão de hotéis. Sua operação acontece em 17 países e em 12 idiomas.
A mais recente novidade do TripAdvisor fica por conta dos contatos diretos (telefone, homepage e email), que os hotéis podem agregar as suas páginas. E ele não pára por aí. Já fez mais de 100 contratos com empresas como JetBlue, Walt Disney World, Hertz, AOL Travel e mais 14.000 websites exclusivos que agregaram seu “widget” ou “badge” em suas páginas. Ou seja, agora, o viajante poderá ter acesso ainda mais fácil para comentar sobre destinos e hotéis.
E por falar em novidades, parece que, daqui para frente, precisaremos aprender um mundo novo a cada dia. Mesmo com o gigantismo do TripAdvisor e tantos outros sites de comentários de usuários, eles já representam somente 25% desse universo. Os outros 75% já está nas mãos das OTAs (online travel agencies – agências online) que existem na web.
E não podemos deixar de lado os “Smartphones”. Sim, eles vão dominar o mundo. O alemão Gerd Leonhard, futorogista da mídia, durante entrevista à Revista Info há alguns dias, afirmou que a tela sensível ao toque torna os smartphones tão fáceis de operar quanto um controle remoto. “Em dois anos, até nossas avós vão comprar pelo celular”, afirma Leonhard.
Freddie Laker, Diretor Digital (sim, já existe essa posição) da Sapient e Fundador da Society of Digital Agencies dos EUA, prevê 11 grandes tendências para 2012. Entre as principais, escolhi:
* As pessoas acharão cada vez mais aceitável expor seus dados em diferentes meios de comunicação social.
* A filtragem e gestão de conteúdo será um grande negócio, pois o conteúdo online cresce exponencialmente e nossa capacidade de gerir esse fluxo é um desafio. As estratégias para posicionar seu site no topo das pesquisas através de palavras chaves, frases e tantos outros itens, chamadas SEO (Search Engine Optimization) tomarão outra proporção.
* Ter sua localização mapeada constantemente pelo GPS do seu smartphone, focalizar em uma imagem e receber todos os dados daquela construção ou marca (Realidade Aumentada – RA), além de outros exemplos, são ações que se tornarão cotidianas em pouco tempo. O “mobile traveler” está chegando!
* O CRM, nesse novo mundo, irá mudar a forma como as empresas gerenciam os relacionamentos de negócios para sempre.
* Os comentários nas redes sociais serão inclusos nos resultados de pesquisa dos principais buscadores e serão avaliados por influência social e relevância para seu networking.
* Em breve, as empresas e marcas aceitarão feedback aberto em tempo real em seus sites.
Em resumo, Laker deixa claro que a mídia digital, pela sua própria natureza, é inerentemente social.
Como exemplo, a companhia aérea JetBlue tem uma história interessante sobre sua entrada no Twitter. Começaram em 2007, quando só postavam promoções e tarifas. Nada que impressionasse muito seus 4 seguidores. No momento que começaram a responder reclamações, sugerir roteiros e interagir com os seguidores, a coisa mudou. No dia que finalizei esse artigo e dei uma última olhada na @JetBlue, eles estavam com mais de 1,6 milhões de seguidores e sendo reconhecida mundialmente como uma das poucas empresas do segmento turístico com um incrível sucesso no Twitter . Alguma dúvida que esse é o caminho a seguir?
O detalhe é que o ciclo abrir um perfil, colocar anúncios, colecionar fãs/seguidores, fornecer informações / promoções e aí começar tudo de novo, repetidamente, está prestes a perder o efeito. Já é necessário pensar nos próximos passos.
No site Mashable, mais reconhecido site de mídias sociais atualmente, Daniel Stein, Fundador da Evolution Bureau, afirma que “O consumidor quer agora transferir suas interações digitais para algo tangível. Empresas precisarão não somente cultivar o networking virtual, mas inserir suas marcas na vida dos seus clientes. É preciso dar poder ao cliente, inspirá-lo, a ponto de proporcionar uma experiência nova, relevante, útil no seu mundo real.”
Em recente artigo do Harvard Business Review, Umair Haque, Diretor do Havas Media Lab., questiona a famosa “estratégia de mídias sociais”, tão falada (com orgulho) no mundo corporativo.
No momento que existe mídia (propaganda / promoção) no meio, voltamos ao velho conceito de “vender” alguma coisa. Ele acredita que estamos somente achando jeitos diferentes de vender a mesma coisa em maior escala. Faz todo o sentido!
A proposta é começarmos a falar simplesmente em “Estratégia Social”, que deve reescrever toda a lógica da Era Industrial, mudando a maneira como pensamos, visando um maior, mais poderoso e maior uso de ferramentas sociais. Estamos falando sobre a capacidade de compreender o papel da empresa na sociedade, e como jogar um jogo mais construtivo, exercendo a sociabilidade como uma fonte de vantagem, agindo radicalmente com mais significado do que os rivais.
Trabalhar com “Estratégias sociais” é reinventar o amanhã. Portanto, pare de aplicar os princípios do século 20 (“produto”, “buzz”, “fidelidade”) e a mídia do século 21. Comece com “o significado é a mensagem” em seu lugar.
Para finalizar, deixo duas perguntas:
1) Qual a reputação do seu hotel na internet?
2) Qual o “significado” da mensagem que seu hotel está passando?
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Quer ler mais sobre o assunto? Então acesse:

RM – O Conceito que está revolucionando a Hotelaria Nacional

Esse texto está reproduzido integralmente de como foi publicado no Hôtelier News e foi escrito por Aline Costa e Juliana Albino. Leia o original AQUI.
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Vale o quanto pesa. O provérbio, apontado por muito como de origem lusitana, ajuda a explicar o conceito de Revenue Management (RM. A grande expertise é perceber que o valor dos serviços prestados de um hotel varia de acordo com uma série de fatores internos e externos.
A prática de mapear esses indicadores e cruzar com a infraestrutura do empreendimento, permite focar a venda para a pessoa certa, na hora certa e pelo preço certo (segundo Robert Cross).
O assunto tem sido abordado nos principais seminários, congressos e reuniões do trade e o Hôtelier News conversou com diversos profissionais para buscar novas abordagens a respeito da aplicação deste conceito.
Segundo Gabriela Otto, Diretora de vendas e distribuição da Rede de Hotéis de Luxo Sofitel para América do Sul, o Revenue Management ainda caminha no Brasil.
As cadeias internacionais foram as primeiras a falar sobre esse assunto, pois tiveram que se adaptar mais rápido às exigências de sua marca no exterior em termos de previsão, precificação e, principalmente, metas financeiras cada vez mais difíceis de atingir. Nós estamos caminhando, digamos, a passos ‘médios’. Como exemplo, ainda nos falta inserir RM como matéria básica nos cursos de hotelaria e precisamos ter mais consultorias e treinamentos especializados para escrevermos, debatermos e pensarmos mais sobre o assunto. Enfim, é um setor cheio de oportunidades.”
Gabriela Otto é uma das especialistas
em Revenue Management no país.
(Foto: arquivo pessoal)
Ela destaca que se estivesse cursando hotelaria hoje, sem dúvida se especializaria em Revenue Management. “Vocês não imaginam a quantidade de hotéis que procuram RMs todos os dias e que não conseguem preencher suas vagas por falta de profissionais com um mínimo de qualificação no assunto.”
Ideas
Um dos sistemas utilizados no mercado brasileiro é o Ideas, que atualmente atende a hotéis como o Tivolí São Paulo Monfarrej, Grand Hyatt São paulo e alguns empreendimentos da Rede George V – Alto de PInheiros e Casa Branca, por exemplo.
Ao falar sobre o sistema RM, Wilton Costa, Gerente de Receitas do Tivoli São Paulo, destaca sua precisão. “O sistema atua de uma forma que o sistema não conseguiria, independente de sua experiência no setor.”, afirma ele. “O Ideas decide o melhor negócio para o hotel. Para tanto, o sistema possui uma interface de rate view que estuda as tarifas mais competitivas a serem praticadas para cada época.”, completa.
Costa esclarece ainda que, por meio do RM, sua atuação no hotel é otimizada. “Antigamente o profissional de RM ficava mais preso ao controle de receitas. Hoje, com a redução de processos que o Ideas oferece,  posso fazer visitas técnicas e me preocupar com outras coisas.”, conta ele.
Gabriela Otto também aponta que as ferramentas de RM são essenciais para o funcionamento de um hotel. “RM, na verdade, é muito mais que uma ferramenta, e sim um método e estratégia de gerenciamento que evidencia na demanda e preço. Sem dúvida um hotel hoje que visa rentabilidade e competitividade sustentáveis, não pode mais viver sem uma sólida cultura de RM permeando sua estratégia. As tecnologias são atreladas ao mecanismo, e o que nao falta hoje são sistemas e programas específicos para auxiliar os RMs a fazerem suas previsões e análises de dados com a menor margem de erro possível.”, declara.
Ainda alerta, “é muito importante salientar que a tecnologia ajuda, mas está longe de ser o ítem mais importante da gestão de RM. Já vi profissionais super qualificados e uma simples planilha de Excell trazendo incremento real de receita no final do mês, com previsões (forecasts) bem realistas e ainda aplicando preços dinâmicos. Antes de qualquer investimento astronômico, um curso avançado de Excell, por favor!”, enfatiza.
Primeiro Ano
Diferente do ocorrido com outros empreendimentos que utilizam Ideas no país, o Tivoli São Paulo trabalha com o sistema desde sua abertura. Ao ser questionado sobre a efetividade do sistema, Costa explica que o primeiro ano de operação funciona como um período de pesquisas. “Foi um ano de estudo, no qual o sistema criou um banco de dados com informações sobre o comportamento dos clientes, bem como as tarifas praticadas em cada mês. Apartir disso, fizemos o orçamento para 2010“, explica ele.
Vendas x RM
Com experiência no setor de vendas, Costa comenta a relação do Revenue Management com o vendedor, que, às vezes, pode ser controversa. “O colaborador da equipe comercial quer vender, é o Revenue Manager é a pessoa a ser convencida, visto que, em alguns casos, as vendas são remanejadas para que outras com melhor potencial de  receita possam ser concretizadas.” justifica ele.
Porém, segundo ele, esse choque não ocorre no empreendimento. “Como fui eu que realizei a implantação  do sistema no hotel, não houve nenhum tipo de trauma. Pelo contrário, no empreendimento o sistema beneficia a equipe de vendas ao indicar qual segmento deve ser focado.” explica.
No quesito Revenue e Vendas, Gabriela Otto diferencia a importância de ambos os departamentos. “O Marketing (assim como vendas) é responsável por gerar demanda e Revenue Management de gerenciar essa demanda. Se um hotel trabalha somente com Marketing e Vendas, aceitará toda as reservas que chegarem sem nenhum critério e deixarão de ganhar (‘leaving money on the table’)”, frisa.
A executiva traça um paradigma para aquele hotel que só trabalha com RM. “Se um meio de hospedagem foca suas ações somente em RM, primeiro pode nem ter demanda para gerenciar e, segundo, esqueçe fidelização, agregar valor à experiência do hóspede e relacionamento a longo prazo. Ao mesmo tempo que não dá para imaginar um trabalhando sem o outro, ainda é muito comum vermos Gerentes de Marketing e RMs de um hotel que nunca sentaram para conversar. Parecem dois estranhos. A conciliação não é fácil, pois ambos se sentem um pouco ‘donos’ do cliente. Um gerencia as preferências e comportamento do hóspede através do CRM e o outro sabe tudo sobre seu perfil de compra. Na verdade a criação de uma relação sólida e vitalícia com o cliente exige um trabalho em conjunto, analisando todas essas informações.”
Ela abre uma reflexão sobre com os vendedores mais antigos em relação ao RM. “Ainda há uma certa tensão no ar quando tratamos de RM com aqueles vendedores mais antigos (em termos de mentalidade e não necessariamente idade ou experiência). A sensação de perda de poder e autonomia que o vendedor (que não entende os benefícios de RM) pode atrapalhar uma melhor performance do hotel. Por outro lado, não existe mais espaço para aquele RM que se coloca como o ‘todo poderoso’, que exige ser acatado, que não admite que errou e que não leva em consideração a ampla visão de mercado e profundo conhecimento dos clientes, que só os vendedores tem. Felizmente a nova geração está chegando com uma cabeça super aberta e consciente de que todos estão ‘no mesmo barco’, querendo aprender mais e sempre. Isso é excelente para nosso setor“, completa.
Sem gesso
O George V Alto de Pinheiros, localizado na capital Paulista, já com o sistema de RM a certo tempo, no qual Marcos Steiger, gerente operacional do Grupo Aldan, proprietário do empreendimento, destaca como um grande benefício o fim das tarifas ‘engessadas’. “Com a implantação de RM deixamos de ter contratos engessados para vender melhor“, afirma ele. “Com o Ideas, é possível avaliar os fluxos do passado e presente para fazer projeções futuras“, completa.
Steiger explica também o processo de implantação do sistema. “Antes do Ideas, já operávamos com RM, porém de uma forma que classifico como ‘caseira’. Com a idéia de otimizar a receita, fizemos seminário e implantamos o sistema, que ajudará a elevar nossa diária média, possibilitando um crescimento de até 20% em vendas gerais para 2010 (no George V Alto de Pinheiros)”, afima.
Resistência e Retorno
Ao ser questionado sobre a suposta resistência do mercado brasileiro  à cultura de RM, Steiger explica que muitos hoteleiros podem achar que o sistema vai influir na sua ‘autonomia nos negócios’ . “O software não vai administrar seu hotel. A palavra final sempre será a do gerente“, esclarece.
Por fim, o executivo afirma que RM é um investimento que se paga. “Acredito que falta ainda um pouco de ousadia para alguams redes no Brasil.” Quando você utiliza um sistema de RM, deve estar preparado para ouvir e falar ‘não’ em alguns casos. Contudo, nada te impede de tentar mudar a cultura de seu cliente. O Revenue Management representa uma profissionalização para o setor, principalmente por acabar com o ‘achismo’ na hora do gerenciamento de receita“, encerra.
Gabriela ainda enfatiza que existe resistência no mercado brasileiro para a prática de RM. “Eu tenho certeza dessa barreira, principalmente por falta de conhecimento. Não é raro vermos aquele Gerente Geral ou mesmo Gerentes de Vendas com uma questão ainda retrógrada, achando que volume, achando que volume é mais importante que qualidade da venda. Sei de histórias, de hotéis conhecidos no mercado nacional, que ainda trabalham com uma única tarifa para todo seu hotel, não importando a categoria, sazonalidade ou perfil do cliente”, completa.
Isso só para mencionar alguns poucos critérios que devemos analisar antes de determinar um preço. O que fazem é, no máximo, uma diferença entre dia de semana e final de semana. No dia em que eles derem o braço a torçer e um RM conseguir mostrar o quanto de receita eles estão deixando de ganhar (‘leaving money on the table’, que já citei acima), gostaria de estar lá para ver a cara dos nossos amigos hoteleiros aeptos ao Sempre sobrevivemos assim. Para que mudar?”, questiona.
A frente da concorrência
Para Gabriela RM facilita as vendas e acaba proporcionando que o hotel saia na frente da concorrência. “A assertividade é indiscutível. A demonstração de profissionalismo diante de uma negociação com o cliente e valorização do seu hotel é inquestionável quando o vendedor aplica as recomendações do Revenue Manager juntamente com sua expertise sobre o cliente.”
E destaca, “todos no hotel devem ter muito cuidado ao lidar com o ‘preço’ do seu produto/serviço. Preço é um dos componentes que compôem a imagem da marca. Todo vendedor deve entender muito bem o impacto que um desconto ou upgrade mal dado pode trazer ao posicionamento de sua marca“, aponta.
Cultura a ser difundida
O Grand Hyatt São Paulo é um exemplo de empreendimento que sentiu necessidade de implantar o Revenue Management. “No início da operação do hotel não tínhamos o Revenue. pois, depois de alguns anos, percebemos que, em um meio de hospedagem desse porte e com uma grade tarifária extensa, seria praticamente impossível trabalharmos sem o sistema”, conta Alexandre Teixeira, Gerente de Revenue Management do Grand Hyatt São Paulo.
Dessa forma outros executivos, Teixeira endossa o entendimento que o RM é uma cultura. “A partir do momento que você decide implantar o sistema, ele deve ser difundido para que todos os departamentos do hotel fiquem alinhados. Uma vez que as pessaos entendem os benefícios, fica fácil de vender a idéia. O sistema ajuda, inclusive, as operações da equipe de vendas, que tem acesso ao Ideas para saber o melhor tarifa a ser oferecida para determinado grupo“, aponta o executivo.
Rodrigo Collaro, que já atuou na Gol Linhas Aéreas, Accor e hoje ministra palestras pelo sul do país comenta que ainda dependendo da região, por não ter a concorrência das grandes redes, os hotéis menores acham que não é necessário implantar o conceito. “O lado positivo pe que esse cenário, embora ainda exista, já está mudando. O movimento começou nos Estados Unidos, depois passou pela Europa, e agora chegou no Brasil e tende a ser assimilado em todo o país.”
Pouco a pouco a percepção das oportunidades que a aplicação do conceito abre vai crescendo entre os profissionais. “Você tem mais ferramentas para fidelizar os clientes mais assíduos e que compram com antecedência. Por outro lado, você pode ser menos flexível com quem deixapara o último momento e é menos sensível a preço“, comenta.  Diante disso, o maior desafio de um hotel é conciliar business e lazer com faixas de perços diferentes. “O público que viaja a lazer é mais sensível a preços e pode até cancelar os planos se achar que não vale a pena. Já o público corporativo é menos sensível por conta da grande necessidade que tem  de reaizar as viagens.”
Segmentação
De acordo com Teixeira, a segmentação é fundamental para um sistema de RM funcionar de acordo. “Um exemplo é o segmento de grupos, no qual o sistema classifica o tamanho (quantidade de pessoas), período da semana para o qual a reserva é solicitada e fatores como a receita de A&B que poderá ser gerada, podendo assim escolher a melhor alternativa de venda para o hotel“, explica. “Contudo, vale ressaltar que o sistema nunca descarta nenhum tipo de venda, mas sim dá opções como escolha de datas diferentes“, esclarece.
EUA e Brasil
Teixeira comenta ainda a diferença da aceitação na cultura de RM entre os Estados Unidos e o Brasil. “É mais fácil operar com o sistema na relação comercial com os grupos do exterior. No Brasil,  isso tem melhorado bastante, mas, em alguns casos individuais, a negociação fica mais complicada“, analisa.”Já existem vários executivos que entendem e temos avançado nessa questão“, completa.
Gabriela diz que as estratégias de RM são aplicadas nos EUA a mais de 20 anos. “Eles estão em um patamar já focado em ‘novas’ tecnologias e realizando debates super profundos sobre o assunto. Lá o RM é Diretor de RM, no mesmo nível do Diretor de Vendas. Por aqui, muitos hotéis (quando tem um RM) ainda oferecem cargos e salários abaixo dos vendedores, por exemplo. Isso terá que mudar, e rápido. Por aqui,  estamos descobrindo ainda o que é mesmo esse negócio de RM, essa ‘nova moda’ que todo mundo resolveu falar. Se você perguntar para a maioria dos hoteleiros do Brasil sobre o conceito e aplicabilidade de RM, ainda ouviremos discursos básicos. Os que estão se aprofundando no assunto, se destacam no mercado e conseguem resultados efetivos para seus hotéis.”
Mais do que comparação com outros países, o que precisamos mesmo é  deixar qualquer resistência de lado, aprender sobre o assunto e colocar a ‘mão na massa’. Nosso ‘timing’ só precisa ser um pouco mais rápido“, acrescenta.
RM na crise
Por fim, o executivo comentou sobre a importância de operar com RM durante períodos de instabilidade econômica, como o ocorrido no último ano. “O sistema é essencial nestes momentos, principalmente porque te ajuda a qualificar a venda e extrair o melhor de cada período, eliminando pouco daquela análise especulativa“, justifica Teixeira.
Quadro Negro
Não, não vamos falar de nenhum aspecto catastrófico. Este quadro negro à uma referência às lousas verdes tradicionais das salas de aula. Luiz Gonzaga Godoi Trigo, professor da Universidade de São paulo, que ministra palestras e aulas sobre o tema, salienta alguns aspectos do ambiente de aprendiagem universitária.
No curso de Turismo da USP, Revenue Management é ministrado junto com as matérias de administração no meio do curso. Um dos itens principais que os alunos têm que  entender é que o RM é um instrumento e não um fim. Portanto é necessário seguir todos os procedimentos e processos para que esse sistema funcione“, explica Trigo. “Claro que é necessário também saber distinguir quando um procedimento deve ser deixado de lado por conta das necessidades presentes. Como exemplo, falar de um hóspede que chega meia noite e meia no hotel. Você não vai fazê-lo preencher ficha naquele momento“, comenta.
Ele acrescenta também que uma das formas de explicar o conceito aos alunos é comparando o sistema de preços com o que já vemos em cinemas e teatros – nos quais preços variam de acordo com o dia e  horário das exibições. “E há sites que já exibem o preço mínimo previsto com antecedência de um ano. Nestas tabelas podemos perceber com os preços variam em algum  final de semana especial ou em período de férias.”
Collaro que ministra palestras para hoteleiros ja atuantes, cita as principais dúvidas. “A primeira delas é  em relação aos reais beneficios que o RM possa trazer ao empreendimento. Principalmente os proprietparios de meios de hospedagem independentes e familiares, que acham que o conceito só é aplicável a redes. Além disso,  eles querem saber também qual o software mais adequado para suas necessidades“, comenta Collaro. “Outra questão  levantada é sobre qual a melhor forma de negociar os contratos corporativos. Há o medo de perder clientes“, finaliza Collaro.

Nespresso – What else?

Já faz algum tempo que a Nespresso desbancou  a Starbucks na minha admiração na construção de uma marca e na transformação de um commodity (café) em artigo de luxo.
Vamos conhecer um pouco mais sobre essa empresa de sucesso.
A HISTÓRIA
Em 1970, a Nestlé criou o sistema Nespresso, um sistema de máquinas de café espresso tecnicamente avançadas, usando cápsulas pré-doseadas de café em pó, que protegem mais de 900 aromas de café.
Em 1986, o Grupo Nestlé fundou a companhia Nespresso, SA em Vevey.
Em 1996, a Nestlé Nespresso, SA celebra 10 anos de sucesso com 3.500 pontos de venda e 180.000 membros do Clube.
Em 1998,  o lançamento do site: http://www.nespresso.com/
Em 2001, o lançamento da Nespresso “Concept Machine”, com um impressionante design ergonômico e de utilização simples, conduziu a um recorde de vendas de máquinas.
Em 2002, expandiu a capacidade de produção de cápsulas em 400% para dar resposta e antecipar o aumento das necessidades e pedidos on-line. A prestação de contas de E-business totalizou 30% do volume total de vendas da companhia.
Em 2005, as vendas da revolucionária máquina de café Nespresso Essenza (ao lado) ajudaram a firmar a posição da Nestlé Nespresso como líder européia em máquinas de café expresso.
Em 2006, a Nestlé Nespresso contrata o actor George Clooney para protagonizar um filme de 50 segundos, intitulado “A Boutique”.
A EMPRESA
Está sedeada em Paudex, na Suíça, tem mais de 1.400 empregados de todo o mundo e está presente em 40 países em todo o mundo.
A empresa foi pioneira no mercado de café em doses individuais ao fornecer cafés de excelente qualidade que podem ser apreciados no conforto do lar dos consumidores mas também ser saboreados fora de casa em locais como restaurantes, hotéis e cafés de luxo, fornecedores de catering de excelência, locais de apoio ao cliente e outros estabelecimentos de artigos de luxo, como em viagens de primeira classe e em escritórios.
Assim, a Nespresso opera em dois segmentos de Mercado: Nespresso Home e Nespresso Business Coffee Solutions, para o segmento out-of-home.
O sucesso é tanto que a customização de suas máquinas aguçam a imaginação de marcas também ligadas a luxo.Swarovski foi uma das primeiras:
A Nestlé Nespresso tem sido inabalável na sua determinação para garantir a maior qualidade em tudo o que faz – desde a procura por grãos de café perfeitos originários de países exóticos, até ao design das máquinas que são, não só elegantes, mas também fáceis de usar, providenciando um serviço de excelência a todos os membros do Clube por todo o mundo.
O comercial mais recente, criado em 2009, onde George Clooney atua com John Malkovich é impagável, e ainda interativo (você pode escolher entre 3 finais diferentes). Veja o original AQUI (com tradução para português).
Se quiser ver mais clipes, clique AQUI para ver vídeos das “sensacionais” campanhas (principalmente a “What Else?) da Nespresso ao redor do mundo.
Ficou com vontade de tomar um café? Veja AQUI onde encontrar uma boutique Nespresso. Entretanto, se está em São Paulo, não deixe de conhecer a Boutique Bar nos Jardins. Sensacional!
Atendimento perfeito, cardápio variado e de altíssima qualidade (até para quem não gosta de café como eu), além de um ambiente agradável com lindo design contemporâneo.
Para grupos, o pessoal ainda faz um workshop (agendado) sobre café com direito a degustação.

Conheça AQUI os benefícios do café para sua saúde e boa degustação!

O Complexo Mundo das Viagens Corporativas

Esse meu artigo foi publicado também no Hôtelier News. Leia AQUI.
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O segmento de turismo presta cada vez mais atenção às viagens corporativas. E não é para menos, esse item pode representar a terceira maior despesa de uma empresa, depois da folha de pagamento e tecnologia.
Esse mercado já representa 58,32% do faturamento do turismo nacional, ou 29,95 bilhões de reais por ano, conforme o Índice de Viagens Corporativas (IEVC, 2008).
O discurso acima é de Viviânne Martins, Presidente da ABGEV (Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens – que incluiu a palavra “Eventos” em 2010), na introdução do seu livro chamado “Viagens Corporativas”, que lançará em breve com Eduardo Murad Jr., atual Gestor de Viagens da IBM.
Fundada em 2003, a ABGEV foi aceita no Grupo Mundial de Associações de Viagens de Negócios, Paragon Partnership, que é liderado pela renomada NBTA (National Business Travel Association), dos Estados Unidos, e mais 11 entidades. Juntas, gerenciam um budget aproximado de USD 150 bilhões e possuem mais de 4.300 Travel Managers (Gestores de Viagens).

Ao participar do 5º LACTTE (Encontro Latino Americano de Viagens Corporativas e Tecnologia), que ocorreu no Hotel Grand Hyatt de São Paulo dias 8 e 9 de Fevereiro desse ano, ouvi debates sobre o futuro das viagens corporativas. No complexo mundo de gestão de viagens, o evento já tornou-se referência.

A grande novidade ficou na tendência das empresas unificarem negociações de viagens e eventos, além da regionalização (América Latina) dessa área, possibilitando a divisão de melhores práticas.

 

Para quem quiser aprofundar-se no assunto, sugiro o livro “Eventos, uma alavanca de Negócios”, de Ricardo Souto Ferreira (VP Executivo do Grupo Alatur e Presidente da MPI Brazil Chapter) e Elizabeth Kyoko Wada (Docente de Turismo, Hotelaria e Hospitalidade, Presidente da ANPTUR e sócia da FerWA Strategic Planning). Além de extrema admiração (pessoal e profissional) pelos dois, escreveram com maestria “Como e por que implantar o PEGE (Programa Estratégico de Gestão de Eventos), conceito trazido dos Estados Unidos, onde chama-se SMMP (Strategic Meetings Management Program). Eventos tratados “caso a caso” nas empresas deixarão de existir. A gestão de eventos chegou para formalizar esse processo.

Não é a toa que a ABGEV, NBTA e MPI lançaram a primeira edição do bem sucedido SMEC-LA (Strategic Meetings & Events Conference – Latin America) em 2009 e já com data marcada para 2010. A indústria de eventos corporativos ainda vai dar o que falar. Ótima notícia para o Brasil, já que a ICCA (International Congress and Convention Association) lançou seu ranking anual em maio de 2009 e nosso país já ocupa o 7º lugar em número de eventos internacional, itinerantes, com periodicidade fixa e com, no mínimo, 50 participantes). São Paulo passou de 23º para 12º lugar no ranking mundial e segue na liderança da América Latina.

Mas o que define uma viagem corporativa ou de negócios?
A própria ABGEV já bem definiu como: “viagens individuais ou coletivas, feitas frequentemente por profissionais liberais, funcionários, terceiros ou convidados de empresas e pagas por um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPj), com objetivos profissionais ou decorrentes dos mesmos.

Exemplos: busca por novos negócios, manutenção de clientes, treinamentos, visita à sede da empresa de outra cidade, participação em eventos e reuniões de equipes.

 Em 2009, a ACTE Global (Association of Corporate Travel Executives) definiu os 4 eixos estratégicos que os gestores de viagens (responsáveis por compras de viagens nas empresas) devem buscar:

 

1) Redução das despesas de viagens (Não entenda como redução de viagens, mas do custo do processo das mesmas)

2) Implementação de políticas mais restritivas de viagens (Com o objetivo de ter maior controle na gestão)

3) Implantação de um requerimento de aprovação pré viagem (Novamente para centralizar e controlar melhor as viagens)

4) Incentivo ao cumprimento das políticas de viagens (Os famosos “compliances”, que podem ser definidos pela aplicação da política de viagens (regras) da empresa e também a não aceitação de brindes de fornecedores, por exemplo).

Em um futuro próximo (que, para muitos, já chegou), os gestores de viagens estarão preocupados com:

• Impacto do desenvolvimento dos telefones móveis
• Uso de alternativas no processo de viagens
• Incremento da capacidade de consolidação de dados

E para isso, o que não falta é o surgimento diário de novos provedores de soluções que prometem otimizar o processo e reduzir custos operacionais.

Nesse complexo mundo da gestão de viagens corporativas, a posição do gestor de viagens dentro da empresa é vital. Fora alguns notáveis gestores que fizeram história na regulamentação e desenvolvimento da posição no mercado brasileiro, muitos são provenientes do Depto. de Compras ou Financeiro, sem nenhum conhecimento do mercado de viagens. Outros (poucos) provêm do segmento de turismo e demoram a adaptar-se ao seu novo ambiente corporativo. Para quem ainda não o “localizou”, esse executivo é aquele que diz para o vendedor hoteleiro que tenta agendar visitas com vários contatos na empresa: “Não precisa mais ficar o dia todo conversando com cada departamento da empresa para entender o processo de viagens, eu centralizo tudo agora.” De qualquer maneira, a ABGEV merece todo o mérito por ter como um de seus objetivo a formação desses profissionais.

Para eles, o suporte das suas agências de viagens ou TMCs (Travel Management Companies) é fundamental. Elas são uma evolução da agência de viagens corporativa. Sua meta é otimizar todo o processo de viagens corporativas, buscando a redução racional dos custos de viagens por meio de uma política que inclua procedimentos e ferramentas. Elas atuam com o “Management Fee” (taxa de gerenciamento), que é um modelo de relacionamento financeiro baseado no repasse de receitas provenientes dos fornecedores (cias.aéreas, hotéis e outros), e remuneração e reembolso de custos da agência.. Tal modelo pressupõe a demonstração de custos efetivos e taxa de percentual predefinida de lucratividade da agência e com o “Transaction Fee” (Taxa de Transação), que acontece por meio de taxa predefinida por transação ou tipo de transação. (Ferreira e Wada, 2010)

Essas agências também estão se reinventando para oferecer a melhor “solução” possível. Afinal, além de saberem que a expectativa dos clientes é muito além da “emissão de bilhetes”, o debate entre o contato do cliente (empresa) com o fornecedor direto (hotéis e cias aéreas, por exemplo) e o intermediário (TMC) vai continuar existindo.

De acordo com o relatório “CWT Vision – Tem Business Travel Trends for 2010” da Carlson Wagonlit, o segmento de viagens de negócios será impactado por 10 tendências em 2010. Abaixo comento as 4 que considerei mais importantes:

1) Empresas vão incrementar o foco no gerenciamento de demanda e diminuição de viagens
Reuniões presenciais continuarão sendo essenciais nos negócios, mas os gestores de viagens vão procurar, cada vez mais, por soluções criativas e com suporte tecnológico para conectar pessoas onde quer que estejam.

A vídeo conferência continuará a ter um lugar especial nesse mercado. Recentemente, uma empresa multinacional realizou sua convenção anual no formato digital e, ao invés de atingir mil colaboradores, falou diretamente com 25 mil.

2) Tecnologia continuará a melhorar a experiência de viagens

Dentre os conceitos principais, podemos citar o “self service”, “plug and play”, “one stop shop” e “mobile”.

Explico: o processo de viagens será mais e mais pulverizado com tecnologia que transforme o processo inteiro de viagem em uma experiência agradável. Exemplos: Mesmo em trânsito, o hóspede/passageiro faz seu próprio check in online, confirmação de conexões aéreas, realoca hotéis em caso de atrasos de vôos, etc.

Além disso, a adoção de ferramentas que facilitem o trabalho de gestão de viagens tende a aumentar muito. O STB (self-booking tool), ferramenta que permite que o próprio executivo faça sua reserva de hotel e vôo em uma espécie de intranet, já com todas as opções possíveis pré negociadas pela sua agência (e validadas pelo gestor de viagens da empresa), estarão acessíveis.

Um estudo global encomendado pela Amadeus e desenvolvido pelo Business Travel Research Centre da Universidade de Cranfield, revelou que o SBT pode proporcionar uma economia de 25% na gestão de viagens das empresas. Entretanto, 70% delas ainda não implementaram o sistema. Empresas com menos hierarquia e burocracia têm os maiores níveis de utilização de SBTs em 72%. Estas tendem a ser empresas mais pequenas com uma menor despesa anual em viagens (até 2,5 milhões de dólares). Empresas maiores que gastam entre 30 e 50 milhões de dólares ou mais têm 54% dos seus colaboradores a utilizar a SBT, enquanto que as médias empresas (despesa entre 5 e 10 milhões de dólares) apresentam o menor taxa de 39%.

Mesmo assim, a tendência é que empresas do segmento turístico continuem buscando um equilíbrio entre o humano e tecnológico.

3) Fornecedores continuarão buscando diminuir custos de distribuição.

Cias. Aéreas vão manter metas de redução de custos em distribuição, reduzir comissões e, em alguns casos, saírem totalmente dos GDSs (Global Distribution Systems). Aquelas que se manterem no GDS, vão impor um “opt-in fee” (taxa de entrada) para usuários (agências) que desejarem ter acesso ao total de seu inventário.

Além disso, a redução de custos (taxas) com cartão de crédito também se manterá, com cias. aéreas e hotéis incentivando ainda mais o uso de cartões de débito ou novas formas de pagamento. Isso abriu portas para que o segmento de cartões de crédito tenham um súbito interesse pela área de viagens corporativas. Totalmente compreensível.

4) Dynamic Pricing (Precificação dinâmica) dos hotéis vai decolar.

Teoricamente a idéia de oferecer a melhor tarifa disponível (Best available rate) ao cliente parece simples. Para entender a estratégia, imagine que, ao invés de negociar uma tarifa fixa anualmente, você oferecerá um percentual de desconto sobre a tarifa pública (não confunda com a Rack) do seu hotel, que flutuará conforme a demanda. Hotéis com a cultura de Revenue Management já bem implementada, podem variar suas tarifas públicas várias vezes ao dia.

Mas os clientes corporativos ainda não estão convencidos de que vão “sempre” ter o melhor preço, que pode, algumas vezes, ser maior do que sua tarifa negociada. Entretanto, muitos esquecem do quanto isso pode simplificar o processo de RFP (request for proposal – solicitação de proposta, também conhecido como BID).

Em um evento que participei nos Estados Unidos, durante um workshop com fornecedores, intermediários e clientes na mesma sala, foi perguntado quais hotéis aplicavam “dynamic pricing” para contratos corporativos. Todos levantaram a mão. Quando a pergunta sobre quem comprava “dynamic pricing” foi feita, ninguém levantou a mão. A pergunta é: para quem esses hotéis estão vendendo? Fato é que o debate está quente lá na terra do Tio Sam.
Quando perguntei sobre o tema para alguns clientes durante uma sessão educacional no Lactte, a resposta foi a esperada: “Que é bom para os hotéis é óbvio. Mas me convença que minha empresa também sairá ganhando, e mudamos sem problemas a negociação.”

A conclusão é clara: No Brasil, a hotelaria ainda não trabalha consistentemente com Revenue Management, a famosa Lei da Oferta e Demanda não nos favorece e os próprios hoteleiros ainda não compraram totalmente a idéia dos preços dinâmicos por puro medo de perder clientes.

Para ilustrar isso, surgiu o debate no LACTTE sobre a possibilidade do segmento de turismo (fornecedores e intermediários) ser “commodities”. Após o choque inicial com o tema, infelizmente, entendi que, para os clientes, o assunto é tratado sem surpresa. Uma boa parte da hotelaria (principalmente dentro do segmento Midscale, já que hotéis econômicos e de luxo conseguem se posicionar muito mais facilmente) é tratada pelo mercado como tal.

Por conceito, commodity é um produto sem alto grau de diferenciação, com pouco ou nenhum valor agregado, comprados em grande quantidade e com preço determinado pelo volume (“quem dá menos, leva”).

Em uma época onde os processos de RFPs / BIDs estão cada vez mais mecanizados e (os absurdos) leilões eletrônicos ganham terreno, mesmo tendo convicção que estamos longe de sermos commodities, é importante entender que muitos clientes não conseguem enxergar os altos investimentos no posicionamento das marcas hoteleiras.

É fundamental conhecer o processo de compra desses clientes.
Entre de cabeça nesse complexo mundo das viagens corporativas e lembre-se que a essência de uma negociação é o “ganha-ganha” (afinal, estamos falando de negócios e TODOS envolvidos precisam ter lucro).
Se você acha que seu hotel não é commodity, posicione-se dessa forma!

Bons Negócios!

Luxury Travel Trends for 2010

Esse meu artigo também foi publicado no LuxuryLab (antigo Mercado de Luxo Contemporâneo). Leia AQUI.
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O mercado de viagens de luxo em 2010 promete continuar surpreendendo.
Por ter sofrido um impacto menor do que o restante do mercado de turismo, as viagens de luxo manterão a idéia de que vale a pena pagar um pouco mais por uma experiência extraordinária. O valor agregado oferecido a esses viajantes ainda garante sua fidelidade. Entretanto, a exigência por viagens ainda mais personalizadas será ainda maior.
Juliet Kinsman, Editora Chefe do site Ms. & Mr. Smith, comenta: “As pessoas estão determinadas a viajar, mas estão escolhendo como e onde vão gastar seu dinheiro com muito mais cuidado.”
Alguns itens podem integrar o mundo desses viajantes nesse ano, mas é certo que “valor” continua sendo chave para quem não abre mão de viajar com muito estilo.
Algumas novidades que podem ocorrer em 2010 são:
• Busca online mais criativa e com bons pacotes disponíveis.
• Exploração de novos destinos que ofereçam vantagens de câmbio.
• Associação a clubes de viagens para pacotes e descontos exclusivos.
Safáris, cruzeiros, passeios culturais e históricos, cursos exclusivos de culinária ou tour em carros de corrida são pedidos cada vez mais comuns nas exclusivas agências que atendem esse público.
Quanto ao design dos hotéis, muitos viajantes de luxo festejam o fim da Era Starck (renomado designer Philippe Starck) e dão as boas vindas a um novo estilo (chamado “granny-chic), que se caracteriza por ser super confortável, com ares de casa aconchegante, e toques “fashion” por todo lado.
Os destinos Europeus mais solicitados no ano serão: Sardenha, Croácia e um interesse renovado por alguns já favoritos como Ibiza, Provença e Mykonos. Para viagens de aventura, os exóticos Equador, Tanzânia, Belize e a capital da aventura, Nova Zelândia, estarão no topo das solicitações.
Além disso, as “eco-luxury travels” estão, definitivamente, consolidando seu espaço dento do mercado de viagens de luxo. 2010 verá a exaltação do conforto, elegância e sustentabilidade nos hotéis de alto padrão. Viagens “verdes” proporcionarão experiências com muita aventura e consciência ambiental e social.
Abaixo seguem as 10 principais tendências das viagens de luxo para 2010:
1.Casas luxuosas para o final de semana.
Voltar ao tradicional e alugar uma casa para o feriado, cozinhar aquele prato especial para a família e curtir a praia ou as montanhas em um ambiente super aconchegante, proporcionará grande qualidade de vida e celebração da vida em família.
2. Boutique “Bed & Breakfasts”
Hospedagem em casa de família, mas com todo o conforto e experiência dos “nativos” do local, pode proporcionar experiências únicas.
3. Upscale all inclusive
Dinheiro é um problema para as pessoas, mesmo no mercado de luxo. A idéia, então, é agregar o maior valor possível às viagens e não expor o valor de cada tour ou diária de hotel separadamente. A compra de pacotes “upscale” crescerá, mas a qualidade dos serviços se manterão.
4. Eco luxe
Os hotéis estão cada vez mais auto-suficientes e os viajantes de luxo mais exigentes em relação à consciência ambiental dos empreendimentos. Desenvolvimento sustentável será, cada vez mais, fator importante na decisão por um hotel.
5. Aliando negócios e lazer
As chamadas “bleisure trips” (business and leisure) estão crescendo. Pessoas que viajam muito a trabalho levarão suas esposas nas viagens e alongando o final de semana, por exemplo.
6. Aventuras Latinas
A América Latina é o foco “emergente” do turismo de luxo atual. Não é a toa que vários hotéis e pousadas super exclusivas estão cada vez mais conhecidas nos mercados internacionais. Exemplos: Francis Ford Coppola’s Blancaneaux Lodge em Belize, Haciendas luxury hotel em Yucatan (México). No Brasil, a Pousada Maravilha em Fernando de Noronha e a Ponta dos Ganchos, em Santa Catarina.
7. Viagens de Trem
Viajar pela Europa significa mais divertimento e conforto, principalmente agora com os trens de alta velocidade que ligam Espanha à Itália.
8. Flashpacking
Backpacking comum um alto orçamento e muito mais estilo. Viajantes acostumados com hotéis de luxo vão procurar, cada vez mais, por experiências alternativas, mas sem abrir mão do conforto. Exemplo: um acampamento Safari no deserto australiano.
9. Granny chic
Adeus ao estilo minimalista (“look don´t touch”) e bem-vinda a decoração aconchegante e confortável do estilo “home”. Exemplo: Dean Street Townhouse em Londres.
10. Hotéis celebram a família
Mesmo dentro de centros urbanos, o melhor que os hotéis têm a fazer é, no mínimo, preparar o concierge para oferecerem tours para a família e equipar muito bem seu “Kids Club”
Para organizar suas férias no mais alto estilo e ter acesso a lugares e hotéis surpreendentes, seguem alguns sites de viagens super customizados:

 

Boa viagem e ótimas experiências em 2010!!!